Já com
o estigma da alfabetização resta aos pequenos se virarem agora com assuntos
mais aprofundados como ciências sociais, artes e até religião que tem um livro
imenso desses lá nas casas, até porque os pais estudam-no todos os domingos, e
muitas vezes são obrigados a estudarem também num lugar onde as pessoas
esbanjam o mesmo assunto de forma peculiar. Mas não justificando a boa nota na
matéria. Nesta parte existem os namoricos selvagens de não aceitação do
oponente, onde qualquer riscada de caneta poderia servir de formação de
famílias tenho dita a precocidade atual. O tempo vai passando e os Estudos
Sociais se transformam em matérias que tem livros enormes e quilômetros de
leituras e então resta aos mais responsáveis e os que aparentemente querem
alguma coisa na vida continuarem com o mesmo empenho, ou apenas empurrar a matéria
e passar por média.
Passa-se
desta fase bem, até que se deparam com o Ensino Médio para avacalhar com tudo. Todas as matérias juntas e
misturadas (menos religião e artes, o que seria no mais, mais fácil) dentro de
três anos (caso não passe a vida inteira repetindo o segundo) para fazer uma
prova (terrível por sinal) para decidir se será alguém na vida ou um mero
entregador de currículos pela vida toda (ou se tiver sorte e tiver a aparência
boa, dedicar-se ao meretrício).
Até
quando se chega no esperado momento (para ser irônico) do vestibular, onde
todos os estudantes se movem desesperados entre livros, apostilas, cursos e
terreiros de macumba para ver se dá certo de primeira e ter respaldo para
cobrar algo aos seus progenitores como por exemplo uma liberdade ilusória de
ter o carro no final de semana. Os alunos alvoroçados nas vésperas, uns com
quilos de livros nos braços (dito os que querem passar mas se julgam incapazes),
os que não estão nem aí (dizem isso mas se arrependem amargamente por não terem
estudado mais e menosprezam para não terem o risco da vergonha do resultado
negativo), existem os religiosos que dizem que se não passarem agora, será
porque Deus não queria naquele momento (mas não levam em conta que tiveram a
mesma educação que os demais que passam), enfim, existem as justificativas ao
fracasso se houver, cada um com sua. Mas se passam é a felicidade completa por
se tornarem bichos e um prazer orgástico em ser pintado com tintas guache para
pedirem dinheiro no sinal, o que seria um presságio dita a vida acadêmica, e
quiçá profissional.
Quanto
a faculdade, existem sempre as “primeiras vezes” de toda a atividade que era
dita até então ilícita (falo dos que nunca tiveram praticas libertárias e
criminosas como o trafico, por exemplo), e existem também o que descobrem na
sexualidade alternativa, a única sexualidade existente por meios cirúrgicos. Sempre
há a reclamação de trabalhos excessivos (inclusive no primeiro dia de aula) e o
pensamento de que já passaram pela fase de ter trabalhos para fazer, afinal,
isso é coisa de fundamental, mas sempre cedem ao professor da cadeira, afinal, é
ele quem manda. Existem os que se destacam na multidão pensante, mas são raros
(quantas pessoas formadas no mundo e quantos gênios?).
Livrados
das matérias acadêmicas e fundamentais, frisam em aprender o que o nome do
curso sugere, mas nunca seria possível o aprendizado praqueles que estariam nas
calouradas e festas promovidas pelas pessoas da mesma idade e com o mesmo
desejo de ver o destroço ético. Mas passam, pra baixo todo santo ajuda. Passam
quatro, seis, sete mais estágio (ou a vida inteira) pra terminar (digo terminar
e não concluir pra se ver a querência de tal atividade) a faculdade, para
simplesmente não se viver de acordo com o conhecimento adquirido. Um advogado
passa a vida na sala de aula e quando termina a faculdade vai lecionar
historia. Um doido da matemática (quem faz faculdade disso?) se forma e vira
musico coletor de verbas voluntarias numa praça. Um médico se forma e vai pra
etiópia servir de janta. Um músico se forma e vai dar aulas de pré-vestibular
(continuando o ciclo). Um químico de boa aparência vai às praças vender pedaços
de corpos humanos. E o corpo do físico pode muito bem ser vendido morto ou vivo
pelo químico para o advogado maricona casado com o matemático que morria de
ciúmes do médico com o negão. Tenso.
Mas
estão aí as possibilidades de uma vida estudantil independente de qual adjetivo
que eu coloque, além, claro, da certa.
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