terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Música, uma pequena reflexão sobre


Música talvez seja a expressão artística mais difundida e conhecida (aceita e de fácil assimilação) pelo seu formato e abrangência. O que se deve levar em consideração nesta arte para cada gosto seria o medo da superficialidade e o "não ter o que passar", mas não o é. Música, pela abrangência e intenções, pode ser criada e apreciada dentro do âmbito do vício e perversão, transformando o projeto da arte naquilo que os seus criadores estariam vivenciando. Da mesma forma, a religião e suas vivências. No estudo acadêmico e histórico e suas virtuoses. Sertanejo e sua terra. Ainda no vício e perversão, por ser um meio de fácil proliferação (e o homem ainda viabiliza mais fácil no decorrer das décadas, podendo moderar o que é passado) poderá impor práticas, bordões e moldar valores pela afinidade do que é passado ou do momento vivenciado, dependendo do ser e da situação, se será levado, elogiado, carregado, criticado, tendo aquilo já como opinião formada, caso tenha internalizado de quaisquer formas. Sejamos sensatos. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Quando se chega a um nível nocivo em que se especula ações acima das reais e possíveis (não prováveis) se chega a continuar a vivência com outrem mesmo na ausência do mesmo. Vivendo pelos demais se chega ao ponto em que se forma outro caráter e outra personalidade em cima do que está em questão, e quando se tem o contato com a realidade há o colapso pela frustração da idéia: "o demônio que está bom" ou "o anjo que está ruim". Logo, pelo sentido do assunto, interpreta-se como provocação. O que é consequência do estagio nocivo. E pura ilusão.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Parágrafo das reflexões de "O Eremita" em construção...


Estava fora a questão de que poderia ser um animal pois ele já estava com a ideia de que não estava sozinho mais naquele lugar e que poderia a qualquer momento receber uma visita, agora existia a possibilidade, é claro, de ser um louco; outro eremita que estava na montanha há pouco tempo; outro eremita que estava na montanha há muito tempo e que nunca tivera a curiosidade de ver o que havia para o lado de cá; outro eremita que vivia na montanha e que já o havia observado e fizera aquilo de proposito para testar a natureza humana pois acreditava que de alguma forma Jah havia posto uma pessoa ou uma ilusão para que servisse de inspiração e aprendizado para o outro, sendo que para ele, o mundo não passava da expectativa de outrem, independente de quem, pois haveria de ser dessa forma invadido para que o seu universo fosse o outro. Diante disso, fez o comparativo do que sempre acreditou e quis descartar a possibilidade. E dessa forma, o universo que achava que seria o único tornou-se o conjunto de todos os outros que achava serem possíveis... 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

2006... O Assassinato Diário... (Naquela época....)


O assassinato diário.
Numa manhã qualquer acordei e fui assassinado.
Mesmo assim resisti e saí para os meus deveres.
Produzi para minha própria felicidade e satisfação, pelo menos era o que eu imaginava por toda a minha vida de morto,  de uma vida revolvida de sentimentos zumbis.
Quisera eu fazer com que minha felicidade fosse de um jeito tal que não ousasse denegrir os meus próprios princípios. Quisera meus sonhos fossem meus mesmos, e de verdade sentisse-me satisfeito por eles. Quisera que meus bens fossem para sempre meus, e que meus sonhos fossem, para todos, úteis.
Quisera acordar, desviar das balas, facas, frases, canhões, não perder meu tempo me enchendo de perfumes, desodorantes, hipocrisias, papeis. Sair da minha casa, moradia, mundinho, meu solido sentimento, e chegar onde eu queria e não precisar dizer a todos o que todos devem dizer a mim: Bom Dia. Desejo hipócrita. Mecânico. Robótico. Insalubre. Injusto. Simplesmente por dizer, diz-se.
Quisera todos tivessem realmente com quem dizer, falar, ouvir.
Quisera todos pudessem morrer para o mundo chato e linear.
Quisera todos sonhar.
Quisera todos pensar de verdade.
Minha morte fora útil para alguns, para mim o mesmo. Não dependo dos meus cansaços; o meu quinhão esta seguro, mas dependo da boa vontade dos outros zumbis.
Volto, portanto, para o meu velório, por entre e dentre lapides observadoras.
Chego portanto ao meu enterro.
Morro para este bando de mortos-vivos.
Minha redenção, minha ressuscitação fora triunfal. Meu glorioso mundo, meu mundo fantasioso.
De meus sonhos a minha vida é oposta, simplesmente sem sentido, sem razão. Faço-me cálculos mirabolantes para manter a minha morte. Faço-me sonhos alienados para manter a minha vida.
Sou o meu próprio salvador. Respondo as perguntas que meu ser não as faz. Simplesmente me fascino comigo, que me surpreende as expectativas.
Sou meu deus, meu diabo; respectivamente meu dever e o meu prazer.
E não espero, vivo na ilusão que serei assassinado quando o meu dever me chama, na cabeceira da cama, com os números coloridos e brilhantes que apitam, gritam, forçando o meu sangue a fluir, esvaecer a minha  vida, eu por todo fenecer e recomeçar a morte no submundo dos sonhos materiais.